Romantismo

Século XIX 


Com o Romantismo, desenvolve-se e amplia-se a criação literária nacional. Os ideais românticos, nascidos na Europa no fim do século XVIII, espalharam-se pelo mundo por meio dos artistas franceses. A liberdade conquistada na Revolução Francesa teve influência determinante nas características do movimento. Era a libertação da poética neoclássica e a passagem para uma linguagem mais espontânea, carregada de emoções.
            Foi com Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães, que nasceu o Romantismo no Brasil, em 1836. Seus autores expressavam, no plano literário, a busca por uma identidade nacional, num país que se tornara formalmente independente de Portugal pouco tempo antes.
       Entre as principais características do Romantismo estão: subjetivismo, valorização das emoções e das paixões, liberdade de criação, desejo de igualdade e nacionalismo. Um de seus principais escritores foi José de Alencar, autor de Iracema, O Guarani, Senhora e Lucíola.
    A poesia romântica comportou diversos temas. Inicialmente, era forte a vertente nacionalista ou indianista. Os principais escritores desse período foram Gonçalves de Magalhães e Gonçalves Dias, considerado o primeiro grande poeta do Romantismo no país. Destacam-se a exaltação à natureza, o sentimentalismo, a representação da figura do índio como um ser idealizado e o nacionalismo.
          A poesia considerada ultrarromântica é representada por autores como Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu e Fagundes Varela. As obras ainda eram carregadas de sentimentalismo, mas tinham elementos diferentes, como a exaltação do “eu” e temas como morte, tristeza e solidão.
         A adesão ao movimento pela abolição dos escravos de muitos escritores românticos deu origem ao movimento condoreiro, influenciado pela poesia social do francês Victor Hugo. Destaca-se o baiano Castro Alves. O nome condoreiro vem de condor, pássaro de voo mais alto das Américas, que era o símbolo do movimento, pois dava a ideia de grandiosidade. 

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