Naturalismo

Segunda metade do século XIX 


           O início do Naturalismo/Realismo é marcado por duas obras, ambas de 1881: O Mulato, de Aluísio de Azevedo, e Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.
          O fim do século XIX foi marcado por grandes transformações no Brasil. A monarquia entrou em decadência, foi aprovada a Lei Áurea, que aboliu a escravatura, e a economia – principalmente o café – se voltou para o mercado externo. O surgimento do naturalismo e do realismo deve ser entendido nesse contexto.
      A ênfase nas emoções dá lugar a abordagens que procuram a objetividade. Os temas são também mais polêmicos, como as críticas à Igreja Católica e à burguesia.
    Naturalismo e Realismo costumam ser apresentados juntos, porque surgiram no mesmo período histórico e possuem muitos elementos comuns. Suas obras têm como características o objetivismo, universalismo e materialismo. A literatura passa a focalizar temas e personagens ligados à realidade da época, ou seja, apresenta-se como expressão do real.
        Na literatura naturalista, há uma presença maior do determinismo – linha de pensamento desenvolvida pelo filósofo francês Hippolyte Taine –, segundo o qual o homem é determinado pelo meio em que vive, pela sua raça (estágio de sua evolução física) e pelo momento histórico. Os romances naturalistas mostram personagens cujo destino é determinado por esses elementos, e a narrativa assume um caráter de tese científica. O principal autor dessa escola, no Brasil, foi o maranhense Aluísio de Azevedo, que escreveu, além da obra citada, O Cortiço, Casa de Pensão e outras histórias em que a tragédia e a fatalidade apareciam como decorrência direta das situações nas quais viviam os personagens. 

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