No começo do século XX, já no período republicano, o
Brasil viveu episódios como a Revolta de Canudos, na Bahia, o ciclo do cangaço,
no Nordeste, e o ciclo da borracha, na Amazônia. Era o tempo da “república do
café-com-leite” (união das oligarquias paulistas e mineiras para dividir o
poder) e das primeiras mobilizações amplas e greves de operários em São Paulo. A
literatura sofre os efeitos dessas mudanças e passa a buscar um registro mais
afinado com os novos tempos.
Nesse
período, surgem autores que, ainda sem todas as características renovadoras do
Modernismo, já não fazem a mesma literatura de antes. São os precursores dos
modernistas que viriam logo a seguir.
A
preocupação científica se mantém forte em várias obras desse período, bem como
a importância de temas regionais ou que buscam entender o Brasil de forma mais
profunda. Na poesia, a referência é Augusto dos Anjos, que, com um único livro,
Eu, atraiu interesse para sua estranha obra. Na prosa, Euclides da Cunha
marca esse período de transição com Os Sertões, de 1902.Outro autor que traz à tona aspectos pré-modernistas é
Lima Barreto, autor de Triste Fim de Policarpo Quaresma. Monteiro
Lobato, lembrado principalmente por suas contribuições à literatura infantil,
focaliza em suas obras adultas temas regionais, principalmente relacionados ao
Vale do Paraíba e ao interior de São Paulo.
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